domingo, 14 de fevereiro de 2010

Após adiamentos sucessivos fui a Algés ver a exposição do Bartolomeu.

O local da exposiçao. As gravuras são espantosas. Mas há outras facetas do incansável experimentador que foi Bartolomeu. Partindo sempre do desenho e da gravura a sua criatividade rompeu a limitação formal de cada técnica. As sereias libertam-se das duas dimensões da folha de papel e mergulham de novo, talvez na tentativa de salvar dos botes submersos os marujos naufragos. Tenho vontade de voltar de novo. Há um extraordinário documentário de Jorge Silva Melo feito para a RTP, mas que infelizmente não estava disponível para venda no local, ainda que lá se proceda à sua exibição como parte integrante da exposição. Também o catálogo não está ainda disponível e é pena. No andar superior artistas jovens, alunos de Bartolomeu, apresentam trabalho em continuação de Bartolomeu. Há várias propostas desde fotografias da presença de Barto, dos locais por onde passou, ou onde viveu, até à intervenção em chapas de cobre com as palavras ditas por ele. Neste caso a chapa de cobre assume a dupla qualidade de matriz e suporte. É o suporte para as palavras de Bartolomeu, à semelhança do que ele fez com as palavras de outros poetas. Mas continua sendo matriz quando dela recebemos as palavras que em nós se imprimem.

4 comentários:

Constança Lucas disse...

Obrigada pelas fotografias, é uma forma muito simpática de poder ver um pouco desta exposição, gostei muito.



abraços
Constança

Constança Lucas disse...

quanto ao catálogo, tudo bem não te preocupes com isso

olhodopombo disse...

que maravilhoso!

Catarina Garcia disse...

Tb já lá fui e amei!!