quinta-feira, 7 de julho de 2011

CHRISTINE LAGARDE - A uma semana da festa nacional da França venho apresentar uma das suas filhas de mais elevada estatura. Essa filha da França teve antes de ontem uma palavra de apreço para connosco portugueses. Pequenos no tamanho, mas grandes na coragem. Christine Lagarde dava-nos como exemplo para os gregos pela forma como permitimos que nos aplicassem medidas económicas que nos custam caro, tão caro que alguns já perderam o emprego e a casa, mas ao que parece concordamos em maioria. (Eu não!) Foi talvez por isso que os títulos de dívida do Estado Português foram considerados lixo e por assimilação e hipálage também os portugueses assim são considerados. Depois de lerem o texto pensem no que vai acontecer aos polacos.

 C. Lagarde

Posted on 06/07/2011 by [ Edição @ Triplo II ]

A folha de serviços não deixa dúvidas sobre a rápida substituição de DSK por este exemplar (de) T€cnocráta.. E torna-se ridículo (mais uma vez) um Sarkozy enfatizando a escolha de um Francês para a presidencia do FMI!
Christine Lagarde é uma advogada de sucesso, especializada em direito social, em 1981 ingressa no prestigiado gabinete Baker & McKenzie em Chicago. Progride rapidamente na carreira até se tornar membro do comité executivo desse gabinete com 4400 colaboradores em 35 países do mundo. Em 2004 torna-se presidente do seu comité estratégico e no ano seguinte membro do conselho de vigilância de um dos maiores grupos financeiros mundiais, a holandesa ING Groep.
Chistine Lagarde, torna-se assim uma mulher muito influente: está na 5ª posição na classificação das mulheres de negócios europeias, segundo o Wall Street Journal e na 76ª posição nas mulheres mais poderosas do mundo, segundo a revista Forbes.



Nos bastidores dos negócios
Uma das facetas menos conhecida do grande público é o facto de Lagarde pertencer ao Center for Strategic & International Studies (CSIS) americano. Este é um "think tank" sobre a influência e estratégia americana no mundo do ponto de vista político, económico, tecnológico e em matéria de segurança. Nele encontramos no conselho administrativo, Henry Kissinger, mas também Zbigniew Brzezinski com o qual Lagarde partilhava a comissão de Acção USA/EU/Polónia, mais precisamente o grupo de trabalho das indústrias de defesa USA-Polónia.
Foi durante as comissões presididas por Christine Lagarde que Bruce Jackson conseguiu o contrato do século para a americana Lockheed com a venda de 48 caças F-16 à Polónia no valor de 3,5 mil milhões de dólares. Esta encomenda foi paga pelo governo polaco com os fundos da União Europeia destinados à preservação do sistema agrícola da Polónia.



Uma americana em Paris.
Em 2007 o jornal satírico francês "Le Canard Enchaîné" revela para grande espanto de todos que o ministro da economia Christine Lagarde escreve e obriga os seus colaboradores a escrever em língua inglesa. No dia 16 de outubro de 2010, o deputado Brard faz uma pergunta a Lagarde, na Assembleia Nacional, em inglês!
O presidente da Assembleia Nacional Francesa atrapalhado decidiu que essa intervenção deveria ser retirada do relatório da sessão por a única língua oficial da república ser o francês.
Estes episódios caricatos revelam que a actual ministra francesa da economia e futura responsável do FMI trabalha (e faz trabalhar os seus colaboradores próximos) em língua inglesa, para facilitar as suas relações políticas e económicas com o seu grande aliado, os Estados Unidos. Os americanos não poderiam sonhar ter um melhor defensor dos seus interesses no FMI.
Dos grandes amigos de Christine Lagarde constam: Brzezinski, fondador da comissão Trilateral em 1973 juntamente com David Rockfeller, ou então Dick Cheney que dispensa qualquer apresentação: ele é o vice-presidente que desencadeia guerras para entregar a reconstrução dos países bombardeados à sua empresa, a Halliburton.





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