quinta-feira, 26 de abril de 2012

Bio-robôs, existiram em Chernobyl, existiram em Fukushima mas existem na insuspeita França e em todos os locais onde houver resíduos radioactivos ou acidentes com energia nuclear.

Chernobyl pode acontecer em qualquer central nuclear.






1.

A tale of grief and woe

Came to pass in the land of the KGB

There, in the middle of the Ukraine

The Divine Spirit no longer rests

I'll give you the lowdown

In Chernobyl by the Pripyat River

The Divine Spirit need no longer glow

Everything is already glowing by itself


2.

Energy, oh, it's great

But someone made a little mistake

There, in the proud land of the Russ

They almost melted down the world

Everything's fine, under control

Said the Politburo

But on both right and left

Everyone's afraid to drink the milk


3.

And since the mess on the Pripyat

The whole world's hate salad

From Kamchatka to Canada

Everybody has to drink soda

So what does that place have to do with me?

It's Jews who used to live there

Today, on our ancestor's graves

A new Angel of Death is dancing

 

4.

Don't think it can only happen

In that far-off land

Be it Kiev or Detroit

Death will catch up with you all the same






segunda-feira, 16 de abril de 2012

Antonio Machado cantado por Joan Manuel Serrat

  Em 1969, Joan Manuel Serrat edita um disco dedicado à poesia de António Machado, passavam trinta anos da sua morte.




Uma canção feita a partir de estrofes do poema Cantares trouxe ao conhecimento do grande público o poeta Antonio Machado e alargou definitivamente a popularidade de Serrat. Nessa canção, Serrat introduz em três versos uma referência ao facto de António Machado ter morrido no exílio. Machado fugiu às tropas sanguinárias do usurpador fascista Franco mas morreu pouco depois de passar a fronteira francesa. Esses três versos talvez tenham passado as malhas da censura que não terá percebido que se estavam referindo à actualidade de 1969 em que muitos espanhóis continuavam a ser obrigados a sair para o exílio.




Antonio Machado escreveu um poema dedicado a Federico Garcia Lorca que foi assassinado pelos sequazes do futuro ditador, El crimen fue en Granada.
Vale a pena ler.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Os meninos nazis chegaram ao poder.

José Afonso


O PAÍS VAI DE CARRINHO

O país vai de carrinho
Vai de carrinho o país
Os falcões das avenidas
São os meninos nazis

Blusão de cabedal preto
Sapato de bico ou bota
Barulho de escape aberto
Lá vai o menino-mota

Gosta de passeio em grupo
No mercedes que o papá
Trouxe da Europa connosco
Até à Europa de cá


Despreza a ralé inteira
Como qualquer plutocrata
Às vezes sai para a rua
De corrente e de matraca

Se o Adolfo pudesse
Ressuscitar em Abril
Dançava a dança macabra
Com os meninos nazis


Depois mandava-os a todos
Com treze anos ou menos
Entrar na ordem teutónica
Combater os sarracenos


Os pretos, os comunistas
Os Índios, os turcomanos
Morram todos os hirsutos!
Fiquem só os arianos !


Chame-se o Bufallo Bill
Chegue aqui o Jaime Neves
Para recordar Wiriamu,
Mocumbura e Marracuene


Que a cruz gamada reclama
e novo o Grão-Capitão
Só os meninos nazis
Podem levar o pendão


Mas não se esquecam do tacho
Que o papá vos garantiu
Ao fazer voto perpétuo
De ir prà che-che que o pariu

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eis a corda!

Carlos Guastavino (1912-2000) - hoje é o centenário do nascimento deste compositor argentino que nos deixou há doze anos.

"La Rosa y el Sauce"

Esta pequena obra-prima em forma de canção é bem o exemplo da genialidade do compositor argentino.

O poema relata a paixão de um salgueiro por uma rosa que abriu enlaçada nele e o desgosto sofrido que perdura até hoje, desde que uma menina coquete arrancou a rosa e a levou.
É vulgar designar os salgueiros que bordejam os rios por chorões, a lenda de cariz popular interpretou assim a maneira como estas árvores derramam os seus ramos nas águas.
Esta observação poética da cultura popular torna-se transcendente por ser de facto uma reflexão sobre a morte e a morte antes de tempo, numa vida que em si é breve.


Não encontrei nenhuma interpretação disponível que reunisse de forma aceitável as qualidades interpretativa e sonora, a versão de Marcela Inguanzo boa na interpretação tem falta de qualidade sonora.
Nesta peça tão delicada as cantoras e os cantores tendem a exageros vocais que obscurecem a claridade da palavra e do palpitar do coração, dado pelo piano que continua a bater e é a representação da própria vida que não pára, apesar da dor.
A interpretação de José Carreras é das melhores, talvez por ser ele próprio uma rosa quase levada antes de tempo por essa menina caprichosa que é a morte.
Gosto também muito da interpretação de Alexandra Gravas, mas essa não a consegui publicar.


La rosa se iba abriendo
Abrazada al sauce,
El árbol apasionada,
La amaba tanto!
Pero una niña coqueta
Se la ha robado,
Y el sauce desconsolado
La está llorando.

Letra de Francisco Silva y Valdés

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Flery Dandonaki - Summertime- Azul e Violeta como a Maria Gosta.

Flery Dandonaki

Nome artístico deEleutheria Papadandonaki que viveu alguns anos nos Estados Unidos da América onde estudou história e literatura. Estreou-se na Broadway e foi comparada com Liza Minelli A sua voz única, profunda e velada deu corpo a temas tradicionais gregos. Foi a musa e a cantora preferida do compositor grego Manos Hadjidakis.

Stéphane DADO http://stephanedado.blogspot.pt/



Faleceu a 18 de Julho de 1998 com 60 anos, vítima de cancro.

domingo, 1 de abril de 2012

PROVEDOR DO BLOG

O Provedor do Blog recebeu várias reclamações relativas ao ambiente, forma, legenda inclusa e cor da ilustração publicada ontem. Julgando pertinentes e fundamentadas as opiniões dos seguidores do Blog, o Provedor diligenciou junto do autor para que fizesse as correcções necessárias e após apreciação das rectificações realizadas se reproduz a nova imagem devidamente corrigida.