sábado, 18 de maio de 2013

Pássaros, passarinhos, passarões, aves de arribação e cucos nos rótulos das garrafas de vinho.



Portugal é um país abrigador de muitas aves. Umas passam outras ficam.
 Vão e vêm ano após ano trazendo os filhos e os netos se a mira do predador não as chumbar contra o azul cerúleo.

 Algumas da capoeira lá passaram aos campos e aos charcos e das que são de voar algumas voaram.
Até aves houve já que foram para cá trazidas para pasto. 
Nas herdades grandes como o mar salgado chegaram a plantar trigo de rega para melhor alimentar os perdigotos afoitos de fome e inocência.







Não sei se para quem come aves a imagem da coisa viva faz sentido numa vasilha que sangra um líquido tinto gorgolejante de vida; mas para quem as não come essa mesma vida afirma-se na imponderabilidade que ao fim de uns copos tomará como sua e que tão bem julgamos caracterizar os anjos.


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