segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Istu vinum bonum vinum


6 comentários:

Justine disse...

Este é o tempo de provar o vinho novo, mas eu prefiro o velho...
(E gosto muito da Carmina Burana!)

Lilazdavioleta disse...

Obrigada pela partilha .

PAULO TAMBURRO. disse...

Olá LUIS FILIPE,

vinhos?

Com certeza os da "terrinha" portuguesa estão entre os melhores.

Um abração carioca,Rio de Janeiro,Brasil.

PS.Assim como os azeites extra virgem !!!(rs)

Luis Filipe Gomes disse...

Bem Justine eu em termos de vinho gosto do novo e do velho, gosto na adega na taberna (falo das vetustas e tradicionais com pipos e barricas, pipas e tonéis) e gosto na sala, gosto do vinho ao abrir da garrafa, uma hora depois de aberta, no dia seguinte e um nadinha antes de ser vinagre. Não gosto mesmo é dos que sabem a coisas como bolor da rolha ou à excessiva baunilha do carvalho americano.

Luis Filipe Gomes disse...

Como se diz agora Maria: Estamos juntos.

Luis Filipe Gomes disse...

Uma característica dos portugueses é o orgulho nacional que anda sempre a par da sua maledicência autoflagelativa. Explico melhor; um português não dirá "este vinho é bom!", mas sim "este vinho não é mauzinho!" ou "bebe-se bem!".
Porém se um francês lhe replicar por exemplo "este vinho é um excelente bordeaux!?" um português poder-lhe-á responder perguntando: " excelente? mas o que é que tem a mais do que um vinho corrente de Torres Vedras? ou da Vermelha? ou do Cartaxo?"

Azeites nem é bom falar a não ser com alguns gregos pois só eles saberão do que falamos.
Quero dizer; os espanhóis misturam óleos no azeite, os italianos temperam a "pasta" com azeite de azeitonas verdes ou pior ainda, temperam-na com azeite de iluminação.
Talvez que entre os tunisinos, os mauritanos, os marroquinos, se mantenha ainda essa memória do sabor e desse saber fenício e cartaginês antigo, do que agora chamamos "azeite extra virgem".
A palavra azeite foi-nos deixada pelos nossos comuns antepassados muçulmanos provenientes do território onde são esses países.
Ainda sobre o azeite, a palavra Lusitânia, nome latino que designa o território onde se veio a situar Portugal refere-se sem dúvida à particular luminosidade que ainda hoje podemos fruir, ao brilho do ouro que cá foi extraído em quantidade, mas também à quantidade de azeite que aqui se produzia para iluminação.
É curioso notar que mantivemos a raiz latina na palavra oliveira para designar a árvore, e também na palavra olival para o campo onde está a plantação inteira; mas usamos a palavra azeitona para o fruto e azeite para o seu óleo espremido.
Etimologia diferente para o mesmo conhecimento: uma via erudita para os senhores da terra e uma via popular para os que a trabalhavam e melhor a conheciam.