O País Portugal nada tem a ver com o Mar nem com a
construção naval.
Se a Nação já foi de marinheiros, isso foi há tanto tempo
que talvez só as pedras se lembrem.
O que o país foi sempre, foi o de ser terra de merceeiros,
de intermediários de middle-men que é
expressão mais conforme com este mundo contemporâneo trade de gente fashion,
que fala o linguajar marketing.
? Para que servem
então arsenais e estaleiros? Indústrias e oficinas? Só se for para arruinar e
terraplanar de modo a construir vivendas apalaçadas com vista para o mar?
Não faz sentido que Portugal tenha Estaleiros Navais e que estes sejam parte do Desígnio Nacional. Construção Naval só de souvenirs para turista e mesmo essa manda-se fazer na China.
Um ilustre ministro de economia já tinha dado o mote: atrair
reformados de luxo que queiram viver debaixo do nosso sol e dos nossos cuidados
para que as suas pensões elevadas possam sustentar a prestação de serviço dos
remediados que os servem e pagar bem a servidão de ministros que tudo isto
idealizem.
Para quê ter amontoados de operários especializados, de
técnicos, de verdadeiros engenheiros que possam trabalhar e ter orgulho no que
fazem? Isso só acarreta problemas!
Por produzirem riqueza começam a falar uns com os outros,
ganham consciência e já não se deixam enganar com papas e bolos. Há que nivelar
por baixo se não for pela fome que seja pela necessidade mesmo daquilo que não faz
falta.
Mas tudo feito na maior legalidade, discretamente e sem
alarde, pois que as rezes para abate têm de ser enganadas até ao fim por necessidade
prática e imperativo financeiro do lucro máximo da própria actividade de
matança.
Não há aqui lugar para suspeitas de corrupção tudo tem de parecer
transparente e imaculado. Há que proteger estas elites dos middle-men. Já não é aceitável que a
casinha seja trocada pela mansão, que o quintal seja trocado pela quinta, que
se compre um lote de papeis a tostão que depois passem a render um milhão. Temos
de caminhar para a excelência trade
que obriga a rigorosa regulação e controlo dos players.
Assim para os middle-men passaram a ser preferíveis as pensões vitalícias, as
bolsas por palestra, as subvenções por consulta ou por parecer dado e ainda o
patrocínio de filhos, netos, família próxima e vindoura e a instituição de fundações.
Ou seja em vez de se dar a chave dá-se a senha. Entre estas
elites de middle-men há realmente nomes que abrem portas como o “Abre-te Sésamo” das Mil e Uma Noites. E já ninguém percebe ou se lembra que é uma história de ladrões. "Fecha-te Sésamo!".
Por isso convém relembrar que nesta história, Ali- Babá acaba por triunfar enquanto aos 40 ladrões foi reservado um triste fim: Acabaram mortos antes do final da história.
Por isso convém relembrar que nesta história, Ali- Babá acaba por triunfar enquanto aos 40 ladrões foi reservado um triste fim: Acabaram mortos antes do final da história.
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