sábado, 16 de dezembro de 2017

Salão dos Sócios da Sociedade Nacional de Belas Artes 2017 a Menção Honrosa.

A Menção Honrosa.

Ontem inaugurou o Salão dos Sócios da SNBA de 2017.

Tenho exposto um livrinho dos que me acompanham quase sempre.
Esses livros temáticos, cadernos de apontamentos, ou livros de esboço aos quais por vezes chamam livros de artista são o alfôbre onde colho as ilustrações que aqui costumo reproduzir.
O que lá vou desenhando e escrevendo são reflexões da minha vivência e do que a experiência diária me impele a criar.
Alguns poderão ser parcialmente considerados diários mas de facto a maioria tem uma vaga ordem cronológica. 
Há muito que abandonei qualquer tentativa de classificação ou sistematização. Mantenho vários livros em simultâneo, alguns produzidos por artesãos encadernadores, outros de produção industrial, outros feitos por mim próprio. 
O primeiro livro que fiz deste último género foi em 1982 e lembro-me disso porque nele escrevi e desenhei sobre o falecimento de Elis Regina que eu muito apreciava.






Este livro que aqui apresento acompanhou-me numa viagem ao norte de Portugal entre Vila Nova de Cerveira e Bragança.
A imagem exposta é um desenho feito após Visita ao Museu Abade de Baçal em Bragança.
Já  aqui  a apresentei em Julho.









Se tivesse título seria S.T.T.L. - SIT TIBI TERRA LEVIS (que a terra te seja leve).
É uma forma latina, pré-cristã, usada como epitáfio e que está gravada numa estela funerária romana que se encontra naquele museu.


O caderno foi produzido por uma associação de artesãos Labor-C.A.O. que é uma Cooperativa de Solidariedade Social situada aqui em Lisboa nos Olivais.

 
A Sociedade Nacional de Belas Artes decidiu este ano relevar o meu trabalho com a atribuição de uma Menção Honrosa. 
O Prémio da SNBA 2017 foi para Ana Galvão, artista que se tem notabilizado na gravura e que tem uma exposição patente na Galeria Quadrum em Lisboa: "O Gosto Solitário de Gravar" Sábado e Domingo das 14 às 18 horas e de Terça a Sexta-Feira das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.





3 comentários:

Justine disse...

parabéns, Luis, pela merecida menção honrosa! Visitei há uns anos esse museu em Bragança, e espantei-me com a excelente colecção de estelas funerárias, e outras "pedras" interessantíssimas.
Eses teus livros são pequenos tesouros...

Lilazdavioleta disse...

Luís
muitos parabéns , e tal como Justine escreve , pela merecida menção honrosa .

Luis Filipe Gomes disse...

Obrigado Justine. É um museu muito bonito. Quando lá estive fiquei a saber da produção de seda em Trás-os-Montes, que desconhecia inteiramente. Também gostei dos relicários que ainda me interessam e integram o meu trabalho. E os ferros forjados utilitários na cozinha dos mais abastados e na cozinha dos mais humildes. E tantas outras coisas... sem dúvida que a epigrafia é tocante por trazer para o presente a dor e os sentimentos de pessoas que viveram há dois mil anos. Através das pedras sentimos a sua presença como se estivessem ao nosso lado e fossem de carne e osso.